A gradativa dependência de aparelhos eletrônicos no dia-a-dia levanta preocupação sobre a saúde dos olhos. Deveríamos ter um limite em frente às telas? Há como evitar a fadiga visual?
8h20min. Um “bip” sinaliza a chegada de mensagem no WhatsApp. Espremidas na tela do celular, as pequenas letras eram esperadas há dias e a concentração do rapaz para responder que pode comparecer à entrevista de emprego é tanta que ele nem sequer pisca. 13h20min. De volta do almoço para o escritório, a mulher senta-se frente ao computador, esfrega os olhos com as costas das mãos e abre a planilha que precisa preencher de números até o fim do dia. 00h57min. A dupla de irmãos não consegue se desprender dos consoles do videogame. Seus soldados estão com munição baixa e as tropas inimigas aproximam-se para atacar.
No compasso do avanço tecnológico, submetemos nossa visão a experiências que exigem esforços específicos dos olhos e da musculatura que os sustenta. É por isso que, diante da dependência cada vez mais evidente de instrumentos como celulares, tablets, computadores, notebooks e videogames, é sentida a necessidade de atentar para a maneira correta de utilizar esses dispositivos e de evitar a exposição ininterrupta a eles.
A Internet se apresenta como a principal responsável pelo uso acentuado dos eletrônicos. Edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), publicada em 2014, mostrou que, do total de domicílios cearenses, 36,5% utilizavam Internet por celular ou tablet. O mesmo estudo calculou que 69,4% das pessoas acima dez anos de idade, residentes no Estado, possuíam celular.